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Citado na Lava Jato, novo presidente do Senado defende fim do sigilo de delações

quinta, 02 de fevereiro de 2017 605 visualizações
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O novo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), defendeu nesta quarta-feira (1º) o fim do sigilo de delações premiadas.

Ele fez a afirmação em entrevista coletiva à imprensa, logo após ter sido eleito para comandar a Casa pelos próximos dois anos.

O peemedebista é um dos políticos citados em depoimentos prestados por delatores a investigadores da Operação Lava Jato.

"Não [defendo] apenas [o fim do sigilo] dessas delações de uma empresa [dos executivos da Odebrecht], mas como todas as delações", disse Eunício Oliveira.

Nesta semana, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, homologou as delações de 77 executivos e ex- executivos da empreiteira Odebrecht  no âmbito da Lava Jato.

Segundo o colunista do G1 Matheus Leitão, a Procuradoria Geral da República, que analisa o material, pedirá ao STF que retire o sigilo dos depoimentos.

Nesta quarta, Eunício Oliveira afirmou também que, caso o Supremo Tribunal Federal retire o sigilo das delações, será preciso "respeitar" a decisão da Corte.

Eunício é citado

Eleito presidente do Senado com 61 votos, Eunício Oliveira foi citado pelo ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho.

Aos investigadores, Melo Filho disse que pagou R$ 2,1 milhões em propina a Eunício que, em troca, defendeu propostas legislativas de interesse da empreiteira no Senado (relembre no vídeo abaixo).

O senador nega as acusações e diz que todos os recursos da campanha dele ao Senado foram recebidos e declarados de acordo com a lei e aprovados pela Justiça Eleitoral. O senador acrescenta que nunca autorizou ninguém a negociar em seu nome recursos para favorecer empresas públicas ou privadas.

Reforma da Previdência

Também nesta quarta, Eunício foi questionado sobre se a proposta de Reforma da Previdência Social enviada pelo governo do presidente Michel Temer – em análise na Câmara – terá tramitação "acelerada" quando chegar ao Senado.

O novo presidente disse, então, que o projeto passará por "debte intenso", porque as discussões sobre o tema são "necessárias".

"A Reforma da Previdência, assim como outras reformas, elas terão um debate intenso nesta Casa. Acho que há necessidade de se debater a Reforma da Previdência, há necessidade de se debater outras reformas", disse.

Ao concluir a entrevista, Eunício disse que a pauta de votações do Senado "não será a pauta do presidente, será uma pauta do colégio de líderes" – é prerrogativa do presidente do Senado pautar os projetos que serão votados em plenário, em acordo com as lideranças partidárias.

 

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